Fontes renováveis serão destaque nos próximos anos

Destaque para fontes renováveis

Nos próximos dez anos, a maior parte dos investimentos no Brasil será empregada nas novas fontes renováveis de energia, como parques solares, eólicos, térmicos e a gás natural, em detrimento das hidrelétricas.

Essas são as expectativas que constam no Plano Decenal de Energia 2030 (PDE), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), com consulta pública aberta pelo Ministério de Minas e Energia.

Porém, o texto também diz que o cenário pode sofrer influência da pandemia, principalmente se uma possível segunda onda vier a ocorrer.

A prospecção de maior vantagem do PDE diz que podem ser atingidos 100 gigawatts médios em 2030 de carga de energia no setor elétrico do Brasil.

Já com uma possível crise sanitária, a estimativa é de 84,4 gigawatts médios no mesmo período. Em um cenário comum, a média chega a 93,8 gigawatts.

A estimativa dos aportes no PDE inicialmente indicava um total de R$ 108,7 bilhões na próxima década. Inserido o contexto após a pandemia, o valor diminuiu para R$ 89,6 bilhões. Na pior situação, o valor chegaria a apenas R$ 59,2 bilhões.

O melhor contexto indica um aumento de 55 gigawatts na capacidade instalada no Brasil em dez anos, o pior indica aumento de 11 gigawatts.

No plano, as usinas solares aumentarão 731 megawatts anualmente na próxima década, enquanto as usinas eólicas crescerão 2,4 gigawatts por ano em potência. Entre 2026 e 2030, o total da capacidade adicional seria algo em torno de 15,5 gigawatts.

Em relação às usinas termoelétricas, o aumento indica 12,3 gigawatts em dez anos, com a instalação anual de 2 gigawatts e 3 gigawatts.

As hidrelétricas possuem planos apenas de ampliação, sem novos empreendimentos, principalmente porque as questões socioambientais estão no centro de importância para a viabilidade de novos projetos hídricos. Assim, os 101,9 gigawatts atuais crescerão para 106,4 gigawatts, segundo o PDE.

Sendo assim, a porcentagem da fonte na matriz brasileira diminuirá de 62% para 54%, enquanto pequenas hidrelétricas, biomassa, solares e eólicas aumentarão de 24% para 33% em dez anos.

Algumas usinas hidrelétricas em estudo, como Bem Querer e Tabajara, na região da Amazônia, podem ser viáveis a médio prazo, de acordo com o plano. O texto pretende intensificar as discussões em torno do papel das hidrelétricas no País.

O documento enfatiza a dificuldade de novos projetos nos últimos anos e por isso a importância de vislumbrar novas possibilidades de negócios. Valorizar as hidrelétricas brasileiras e reconhecer as mudanças na matriz energéticas são pilares importantes nesse processo.

Sobre a utilização de carvão em usinas térmicas que vem perdendo espaço para opções mais renováveis, é um assunto delicado em que o texto apenas sugere uma modernização já existente.

Uma novidade interessante aparece com o planejamento de usinas termelétricas movidas a resíduos sólidos urbanos, com limite mínimo de 60 megawatts.

Com o destaque das fontes renováveis nos próximos anos, torna-se cada vez mais evidente a cogeração de energia nesse mercado, entenda mais sobre essa solução econômica. 

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