Biogás possui o maior potencial de expansão, de acordo com pesquisa

Biogás potencial de expansão

Números divulgados no dia 13 de janeiro pela Associação Brasileira de Biogás (Abiogás) mostram grande sucesso nos investimentos. No ano passado, contabilizando todo o resíduo gerado pela agroindústria e saneamento, o potencial do biogás, intercambiável com o gás natural, apresentou 50,4 bilhões de m³/ano. 

A existência de 400 usinas de biogás em funcionamento no final de 2019 indicou aumento de 40% em relação a 2018, enquanto os investimentos chegaram a R$ 700 milhões. Com esses números, seria possível suprir 70% da demanda de diesel no País, que possui grande potencial de crescimento, já que o biogás possui menos de 1% da matriz energética brasileira.

Há boas expectativas para a indústria do biogás, que será promovida por meio da comercialização de Certificados de Descarbonização (CBIOs), realizada pelo RenovaBio (Política Nacional de Biocombustíveis). O otimismo tem origem no mapeamento do mercado do biogás e da projeção de R$ 50 bilhões até 2030. A expectativa para este ano é o dobro do ano anterior, segundo o presidente da Abiogás, Alessandro Gardemann.

Gabriel Kropsch, vice-presidente da Associação, mostra alguns motivos para boas prospecções de futuro, que envolvem a regulamentação da produção de biometano pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), conquistada em junho de 2017. Desde então, muitos projetos foram desenvolvidos e a quantidade tende a crescer. O RenovaBio também permitirá um maior incentivo para o próximo ano.

O desenvolvimento econômico através do gás natural no interior está se tornando possível com o programa Novo Mercado de Gás, lançado pelo governo em 2019. Como a abertura de dutos para comercialização é reduzida à Costa, a solução é produzir o gás natural por meio do biogás, que pode ser produzido sem grandes investimento e próximo ao local de consumo.

Apesar de o Brasil possuir 70% da produção com origem no saneamento, o potencial de expansão do biogás é oito vezes maior. Se comparado com a agricultura, o setor sucroenergético é três vezes maior, de acordo com informações da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgadas no último Fórum do Biogás.

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